sábado, 31 de janeiro de 2009

Preconceito racial ou social?

Prometi esse post para ontem, mas não deu. Então vamos ao que interessa.

Já vi muito blog tocando nesse assunto, e agora chegou a minha vez de expressar a minha opinião. O preconceito racial está aí, mesmo depois de muitos tabus derrubados, mas é uma coisa muito arraigada para se cortar de uma hora para outra. Na minha opinião, pior que ele é o preconceito social. Esse é tão velho quanto , mas as pessoas negam. Pior, se escondem atrás de máscaras com discurso pronto de que o que vale mesmo é o caráter.
Vou citar um exemplo clássico: jogadores de futebol!
Quantos jogadores negros têm por aí com lindas mulheres? Modelos que fazem a maioria das mortais verterem uma gota de lágrima no olho esquerdo de inveja daquela barriga sarada.
Agora me digam com sinceridade, se esses mesmos jogadores negros, com suas belas mulheres, fossem pobres, será mesmo que essas beldades estariam casadas com eles? Eu digo do fundo que meu útero que não. Não estariam casadas com eles.
Agora me digam mais uma vez, isso é preconceito racial? Não. Não é. Isso é PRECONCEITO SOCIAL!

Se um negro é bem sucedido, rapidamente a cor da sua pele é esquecida. Citando mais um exemplo, dessa vez de alguém que conheço de perto. O Fabrício Bolivera (Didu, da novela A favorita), cresecu junto comigo. Morando na mesma rua, no mesmo prédio. Antes de virar global, ele era apenas mais um garoto negro desprezado pelas meninas do condomínio. Mas bastou aparecer na telona para ser o mais disputado. E pasmem, por essas mesmas garotas que o desprezaram tempos atrás. A pergunta volta a circular: isso é preconceito racial?

A hipocrisia reina nos corações das pessoas. Muitos dizem que não tem absolutamente nada contra homossexuais, mas se perguntar para um homem se ele vai numa balada gay com um vizinho, primo ou irmão, a maioria, creio que 98%, dirão que não! Mas se eles não têm preconceitos por que não querem ser vistos com os gays? Acho que a resposta está óbvia, não?

Eu trabalho na Secretaria da Segurança Pública do meu estado, e comigo trabalha uma delegada negra. Mas não é uma moreninha não, é negra mesmo! A escrivã dela é bem branquinha. Quando chega alguém querendo falar com a delegada, adinhem para quem a pessoa se dirige? Para a escrivã, claro. Isso é preconceito racial? É. Isso, sim, é preconceito racial. Mas como disse, é uma coisa muito arraigada. Essas pessoas crescream ouvindo dos adultos que negro é incapaz, que negro não alcança uma boa posição social, que negro não presta e bla bla bla.
Eu acho que o melhor a ser feito, além de abolir esse tipo de comportamento, coisa que eu acho muito difícil, é ensinar aos jovens, as nossas crianças que negro é gente como a gente. Que possuem os mesmo talentos que os considerados "capazes". Ou seja, os de pele clara.
Quando começarmos de fato, a mudarmos nosso comportamento, a entender da boca pra dentro, que somos um só, munidos de capacidades e limitações, talvez as coisas comecem a surtir efeito.
Porque enquanto continuarmos com essa balela de novos tempos, preconceito já era e outras coisitas e não assumirmos o compromisso de fazer diferente, as nossas atitudes serão as mesmas dos sinhozinhos de antigamente. Porém, mascaradas.

Pense nisso.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Dias atrás eu li no confissões ácidas, que por sinal eu adoro, um post um tanto quanto polêmico. Tudo bem. Eu sou mesmo uma retardatária. Quase 10 dias depois é venho tocar no assunto.

O post era sobre relacionamento aberto, traições e coisas do gênero. Eu concordo com texto e também discordo. Ok. Também preciso admitir que sou uma contradição ambulante. Me contradigo o tempo todo. Eu amo sol, e no minuto seguinte amo a lua. Amo a noite e logo depois, o dia. Quase um lance bipolar, saca?

Mas que fique claro: mudo de opinião constantemente, mas não mudo de princípios. Os meus valores continuam os mesmos.

Voltando ao post, eu concordo quando ela diz que estar com uma pessoa e desejar outra é traição. Que viver um relacionamento falido, apenas por comodidade, também é traição. Sufocar os seus desejos, suas vontades, seus amores e prazeres também é traição. Mas discordo quando ela diz que traição de corpos não é traição.
Eu sou uma pessoa moderna, dizem até, que muito a frente do meu tempo, mas para algumas coisas eu sou muito "quadrada". Acho que quando você assume um compromisso, um relacionamento com alguém, a fidelidade faz parte do pacote.
Acho que as pessoas são livres para escolher os seus parceiros, sexuais ou não. Mas acho que o respeito precisa vir acima de tudo. Se o meu relacionamento não me satisfaz mais, ou vice-versa, tudo bem. Eu só quero ter maturidade suficiente para conversar com meu parceiro que não dá mais. E espero que ele faça o mesmo.

Que fique vem claro: admirar uma pessoa é muito diferente de desejar. Eu admiro muitos homens "interessantes" que vejo por aí, mas desejo apenas o meu marido.

Mas essas é apenas a minha opinião. Cada um é livre para expressar o que bem quiser.

E vocês, o que acham desse assunto?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ontem à noite, na pura falta do que fazer e desfrutando de uma insônia maldita, acabei assistindo o programa Fala que eu te escuto da Rede Record. Não. Eu não frequento a Igreja universal, foi só coincidência mesmo. Confesso que vez ou outra eu assisto esse programa. Eles sempre abordam temas polêmicos. O tema de ontem foi o mundo(?) das drogas.

Hoje, chegando no meu trabalho, senti a falta de uma amiga aqui do setor. Minutos depois, fiquei sabendo que ele se afastou do trabalho para fazer um tratamento em uma clínica de recuperação para drogados.
Fiquei chocada! Como é que eu, trabalhando com ela todos os dias, almoçando juntas algumas vezes, diariamente no mesmo setor, não percebi absolutamente nada? Sequer imaginei que ela estava passando por algum tipo de problema. Algumas vezes a surpreendi chorando ao telefone, mas imaginei que fosse algo com o namorado, já que eles vivem em pé de guerra.
Me senti impotente. Me senti fria, distante, egoísta!
Gente, como não percebi que ela estava tão no fundo do poço assim? Logo eu, que vivi de perto esse problema com o meu marido. Sim, o meu marido é ex-usuário de drogas.
Quando nos conhecemos ele estava simplesmente desistindo da batalha, e eu, com o meu lado mulher maravilha aflorado, resolvi me jogar de cabeça nessa relação que tinha tudo para dar errado. Graças a Deus conseguimos vencer essa guerra, mas não foi fácil. Em vários momentos eu pensei em desistir. Não é uma luta justa. Não é apenas o usuário que fica doente, toda família adoece junto.
Eu esqueci de mim. Esqueci de viver, esqueci dos meus amigos, do meu trabalho, dos meus sonhos. Me vi em um labirinto que por mais que eu procurasse a saída, ela se mostrava cada vez mais distante. Então, eu desisti. Ele estava no buraco e eu estava indo junto com ele. Eu não achava justo. Não por toda as coisas que eu estava abrindo mão para cuidar dele. Os meus sonhos já não eram meus. Minha vida já era minha. Eu fui embora! Fui embora me sentindo uma incompetente. Me sentindo uma covarde.
Eu queria viver de novo, queria respirar. Queria correr atrás do sonhos que deixei pra trás.
Mas aí eu voltei para fazer uma visita, e vi o pior quadro que já vi na vida. Naquele momento eu percebi o quanto ele precisava de mim. Então eu voltei. Voltei porque eu precisava ajudá-lo. Ele estava sozinho. Sem amigos, sem família, gastando tudo que tinha com a maldita droga.

Não foi fácil, gente. Sofri todos os horrores que uma relação desse tipo oferece. Mas vencemos.
Hoje ele está limpo há dois anos e 13 dias. Um conquista enorme.

Se ainda tenho medo que ele tenha uma recaída? Claro que tenho! E creio que terei para o resto da vida. Não tenho 100% de paz nunca. Estou sempre ligando para saber onde ele está quando demora a chegar do trabalho. Revisto bolso, carteira, o carro. Tudo que mostre algum indício que aquele pesadelo pode voltar.
A única coisa que não abro mão, é que ele faça todos os meses um exame de urina e de sangue, para me provar que ele está limpo. Que ele está cumprindo a promessa que me fez. Porque depois de tudo que passei, é o mínimo que ele pode me oferecer.

Me sinto péssima por não ter percebido isso na minha amiga, porque sei o quanto é importante o apoio nessas horas. Sei o quanto é necessário ter alguém que não desista e que não deixe você desistir.

Gente, se um amigo, um parente, alguém próximo, sei la, tiver com esse tipo de problema, por favor, ajudem! É muito importante ter apoio nessas horas. Não é fácil. Mas vale a pena ajudar.

Eu evito falar sobre esse assunto, mas quis expor aqui no blog numa tentativa de alertar outras pessoas. Provavelmente, se o usuário tiver ajuda no início, as coisas se tornem mais fáceis para todos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Se eu pudesse dar um conselho para os novos casais, com certeza seria o de conhecer melhor os parceiros antes de tomarem a decisão de morar juntos. Porque a vida a dois é muito diferente da convivência de final de semana.
Não tem jeito! Suas duas pessoas com gostos, atitudes, pensamentos, caráter e costumes diferentes, dividindo o mesmo espaço. Até para casais que passam o dia todo fora, a coisa pega.

Depois de quase três anos dividindo a cama, o controle da TV, as contas de água, luz, supermercado e condomínio, eu posso dizer que estou vivendo um período de calmaria. Mas nem sempre foi assim. Foi difícil me adaptar ao ritmo dele e vice-versa. Passamos por muitas DRs para chegar até aqui.

Eu sou uma pessoa preguiçosa e bagunceira. Admito isso sem vergonha. Mas eu odeio toalhas molhadas em cima da cama. Advinha o que ele acha super normal? Pois é, toalhas molhadas em cima da cama. Foi difícil colocar o moçoilo na linha. Diria que teve o grau de dificuldade dos doze trabalhos de Hércules. Mas não é só ele que leva a culpa. Eu tenho o péssimo hábito de jogar todas as roupas no chão quando estou procurando algo. Quase nunca eu coloco de volta no lugar, deixo sempre para depois. Ele fica irritadíssimo e já até ameaçou trocar de quarto. rs

Eu tenho um quartinho na minha casa que chamo de "cantinho da bagunça". O nome não é mera coincidência. Vou acumulando pilhas e pilhas de coisas lá. Sou uma pessoa curiosa e sempre invento de fazer algo que quase sempre não termino. O que acontece com essas coisas? Cantinho da bagunça, claro! O digníssimo anda irritado. Diz que qualquer dia desses um escorpião vai sair de lá e me picar. Ele nem é exagerado!

Daí que ontem, depois de meia hora de discurso furado sobre o meu cantinho da bagunça, eu dei uma vassoura, um apanhador de lixo, um balde com água e desinfetante e mandei ele mesmo limpar, já que estava tão incomodado. Fiquei surpresa quando ele disse: sozinho eu não limpo, mas posso te ajudar.

Se fosse em outros tempos ele jamais diria isso! E eu jamais teria a paciência que tenho hoje. Foi difícil, mas superamos os obstáculos!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

"Se eu quiser fumar, eu fumo
Se eu quiser beber, eu bebo
Pago tudo que eu consumo
Com o suor do meu emprego"

Eu vejo muita gente por aí dizendo que vai cuidar da saúde, porque da vida já tem muita gente cuidadando. Eu não. Da minha saúde eu deixo os médicos cuidarem. Eles estudaram e são pagos para isso. Da minha vida cuido eu, porque sei que essas pessoas que adoram falar dela, não vão fazer nada diferente além de falar. Cuidar, cuido eu!

Sei que o que eu faço da minha vida interessa apenas a mim. Mas não venho com esse papinho que não gosto da vida alheia, porque sei que todo mundo gosta. Quem é que não arregala os olhos quando alguém está contando aquela fofoca de metro da vizinha? Quem é que não estica as orelhas para ouvir melhor o barraco do fim de semana?
Todo mundo gosta! Seja direta ou indiretamente, todos participam de uma fofoca básica. Porque pra mim, quem não gosta de fofoca nem perde tempo ouvindo, quem dirá emitindo opiniões.

Se eu gosto de fofoca? Não perco uma! Morro de ansiedade quando alguém diz que tem um babado para me contar. Mas isso eu acho uma fofoca saudável. O tal do "repasse de informações". O que eu odeio é quando inventam coisas para prejudicar uma pessoa. Acho o fim da picada ouvir A sobre uma pessoa e espalhar que ouviu ABACATE.
Eu sofro com isso, gente. Tenho o meu estilo de vida (não roubo, não mato, não estupro, não fumo nem dou corno no marido) e vivo de acordo com ele. Faço o que quero, o que gosto e que me dá prazer. Fora do meu trabalho, que eu preciso ter uma aparência de pessoa responsável e certinha, eu sou eu mesma. Me visto de forma colorida, falo alto, falo palavrão, uso roupas curtas( e foda-se se estou um pouco acima do peso), arrumo a minha casa quando tenho vontade e faço questão de expressar sempre a minha opinião em qualquer assunto. Me custa caro quando a minha opinião não é a mesma que a da maioria. É como se eu fosse algo de outro planeta. Houve uma época que isso me incomodava muito. Foram inúmeras noites me sentindo a incompreendida. Mas eu quero é que se dane. Vivo a dor e as delícias de ser eu mesma. Respeito as minhas alegrias e muito mais as minhas lágrimas, porque quando as elas insistem em cair, é sozinha que eu choro!

O que você pensa sobre mim é importante, claro. Afinal, vivo em sociedade. Mas isso é só para eu poder analisar se tem algo errado na minha conduta. A sua opinião é apenas a sua opinião. É a minha que conta no momento final. Portanto, não me julgue, e não me condene. Vivo de acordo com a minha consciência..e ela anda muito bem. Obrigada!

" Domingo de sol, advinha pra onde nós vamos..."

Finalmente, depois de meses de promessas, eu consegui pegar uma praia. O problema foi que resolvi tirar o atraso do mês anterior e estou pior que camarão tostado.

Eu sou uma pessoa preguiçosa, gente. Não tenho o menor problema em admitir isso. Porém, sou muito responsável no que tange as minhas obrigações profissionais. Meu trabalho é irritante, estressante e desgastante. Por isso me dedico ao máximo durante a semena, porque quando o findi chega, eu quero é dormir, dormir e dormir.

Penso em dormir e só acordar às 14h, com aquele cherinho bom de comida gostosa, aquela mesa divinamente preparada, aquela brisa suave do verão..mas aí eu acordo do sonho e volto para a realidade de que eu preciso fazer comida, que nem é tão gostosa assim, e que ninguém irá preparar uma mesa divinamente. Já que eu não tenho ninguém para fazer, eu preciso meter a mão na massa, e isso me leva umas boas horas na cozinha. A promessa de praia no findi fica sempre pra depois. Mas ontem eu bati pé firme que ia a praia de qualquer jeito. Absurdo morar na Bahia e não curtir uma praia no verão. Me esforcei e consegui acordar mais cedo: 11h. Arruma as tralhas e vamos a la plaia.

Olha, gente, o verão na Bahia é tudoooooooo de bom. Sol, mar, gente bonita, uma alegria contagiante. Me contagiou tanto que simplesmente peguei uma cadeira de sol e esqueci do mundo. Esqueci até de mim e peguei no sono mais uma vez. Quando acordei, nossa..vocês não sabem o que me tornei. Eu sou uma pessoa bicolor. Frente branca igual papel, costas vermelha igual sangue.

Conseguem imaginar o tamanho do estrago no meu lindo corpitcho? Ardendo que nem brasa. Muito foda! Próxima vez eu fico na cama até às 14h e depois, somente depois, decido se quero mesmo pegar uma praia.

sábado, 24 de janeiro de 2009

E no meio do caminho tinha uma ex!

Eu já fui ex na vida de alguém, assim como alguém já foi na minha vida. Mas eu nunca, nunca mesmo, atrapalhei a vida dessas pessoas. Sou direta demais para usar, e em alguns casos abusar, de artimanhas de baixo nível para atrapalhar relacionamento de ninguém.

Talvez essa fulana, que tanto investiga a minha vida, leia esse blog. Sinceramente, não sei. Ou caso seja obra divina que ela venha a saber o que aqui se passa, eu quero dizer QUE NÃO ADIANTA FAZER INTRIGA, PASSAR TROTE, INVETAR FOFOCAS ou sequer, baixar o nível como você baixou mandando carta anônima. Eu já conheci as mais loucas pessoas com as mais diversas patologias, mas tô pra ver alguém como você.

Eu não me meti no meio do seu relacionamento. Não tomei nada de ninguém. Quando nos conhecemos ele estava livre, leve e solto. Assim como eu também. E por sermos duas pessoas livres, maduras e cientes do que queríamos, assumimos o compromisso de morar juntos.

Não me julgue, não me condene e nem tente atrapalhar a nossa vida. Quando se faz esse tipo de maldade, geralmente se esquece aquela coisa tão básica: tudo que vai, volta!

Talvez um dia, quando você tiver alguém, e surgir um louca fazendo exatamente o que você está tentando fazer conosco, você perceba o quanto é ruim.

Por hora, deixe-nos em paz. Nossos problemas do dia-a-dia já nos tira o sono por demais.

Pode ser que o meu lado bruxa esteja apenas adormecido. É bom tomar cuidado, porque ele pode acordar sem avisar. E aí, minha fElha, se prepara, porque chumbo trocado não dói.

Será mesmo?

Fica a pergunta!

Povos e povas!

Gente é um bicho muito esquisito mesmo. Eu acho uma graça quando vejo por aí pessoas com discurso pronto de que não devemos esperar nada de ninguém. Mas a verdade é que a gente sempre espera. Não tem pra onde correr, é mais forte que nós.
Pior que isso, é quando a gente espera e ainda abusa da boa vontade. Hoje eu presenciei um "causo" inusitado. Minha amiga B. instalou o velox na casa dela, mas antes de instalar, ela conversou com os dois irmãos e mais uma prima, todos moram no mesmo prédio, e decidiram dividir o valor da mensalidade entre eles. O valor do velox no meu estado (creio que seja igual em todos), custa 88 reais, que dividido por quatro ficaria 22 reais para cada.
Então, velox instalado, o "gato" feito e cada um com a net funcionando em suas respectivas casas.
Daí que chegou a primeira conta de telefone e ninguém, absolutamente ninguém, coçou o bolso. Beleza. Minha amiga pagou a conta do telefone sozinha. Pagou a primeira, a segunda, a terceira e vem pagando sozinha há mais de um ano. Então que ela resolveu cobrar dos irmãos que pagassem a mensalidade conforme o combinado ou então ela cortaria a net deles.
Gente, acreditem, mas foi o começo da nova guerra mundial.
O argumento da irmã dela foi: mas se você paga de qualquer jeito, por que não pode continuar pagando e nos deixar usar? Você não vai pagar?Então?Não custa nada.

Realmente..não custa nada. Só custa a cara-de-pau da irmã que assumiu um compromisso que não cumpriu. A cara-de-pau que algumas pessoas têm em sempre tirar proveito de algo.

Pior, o fato da minha amiga cobrar algo que ela tem por direito cobrar, a colocou na posição de "miserável" perante toda a família.

É, gente é mesmo um bicho muito esquisito. Enquanto não abolirmos do nosso dia-a-dia o jeitinho brasileiro de sempre levar vantagens, creio que esse é apenas o primeiro de muitos episódios do gênero.

Lamentável!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Da outra dentro de mim.

Eu não sou uma pessoa ruim. Isso eu sei e tenho certeza que não sou. Mas também não sou uma Barbie boazinha que só faz coisas certas. Pelo contrário, meus vinte e poucos anos de vida foram adubados com muita merda.

Ontem eu relembrava umas dessas coisas horríveis que já fiz por aí. Confesso que senti vergonha de mim. Hoje, essa merdas estão apenas nas lembranças, mas ainda me tiram o sono de tanto arrependimento.

Eu já me meti no meio de um relacionamento sólido, saudável (talvez nem tanto assim, caso contrário não teria acontecido nada do que aconteceu), por puro egoísmo. É, gente, única e exclusivamente por egoísmo. Naquela época eu não enxergava as coisas com essa clareza, mas de qualquer forma, não só fui egoísta como muito sacana.

Me envolvi em um relacionamento virtual com alguém alguém comprometido. Não foi nada planejado. Aconteceu meio de surpresa. Uma amizade que foi crescendo, crescendo, e foi ficando íntima, foi ficando colorida, e quando percebi, ele já estava apaixonado por mim.

Eu tive todas as chances de acabar com aquilo, mas não fiz. Melhor, eu fiz, mas voltei atrás. Eu estava numa fase ruim, muito ruim. Precisava daquelas palavras, daquele carinho, daquele amor. Mas pra mim, aquilo jamais seria uma coisa real. Eu tinha plena consciência que era algo virtual. Aquilo me satisfazia. Mas eu esqueci de perguntar se era também o que ele queria. E não era.
Ele queria algo real, algo que saísse das telas do computador. Algo que ele pudesse tocar. No fundo eu sabia disso, mas ia enrolando, enrolando, sempre inventando um jeito de ficar longe.

Uma coisa eu sei que eu fiz certa nesse enredo todo: eu sempre pedi que ele não acabasse o relacionamento dele para ficar comigo. Sempre deixei claro que aquela situação não me agradava, mas também não fazia nada para ir embora.
Eu me sentia viva com aquelas cartas de amor, com aquelas declarações, com aqueles telefonemas, mensagens, emails..mas era só isso que eu queria.

Quando ele acabou com um noivado de três anos para finalmente me conhecer, eu dei pra trás. Me escondi, fugi e fui muito covarde. Deixei que ele mesmo percebesse que eu não estava a fim. Não fui forte o bastante para dizer que eu não queria nada real com ele. O resultado não foi outro: dor, lágrimas, sofrimento (para ambos os lados) e muito arrependimento.

Um ano se passou. Não nos falamos, não conversamos e nem esclarecemos as coisas, apenas deixamos cair no esquecimento. Meses atrás ele me procurou como se nada tivesse acontecido. Falou que estava bem, que havia voltado com a noiva e outras bobagens. Falei da minha vida, de como eu estava profissionalmente, amorosamente..e só. Talvez esse tenha sido o meio que encontramos de pedir desculpas. Algo com meias palavras. Algo do tipo" eu estou bem. Superei aquela merda".

Me arrependo de não ter dito pra ele o quanto aquela história me fez sofrer. O quanto o arrependimento me torturou nos meses que não nos falamos. Mas acho que foi melhor assim. Graças a Deus as coisas terminaram bem para nós dois. Talvez um dia eu ligue para ele e peça desculpas. Talvez mande um torpedo SMS, ou talvez eu deixe tudo como tá e enterre esse passado de vez.

Talvez..

Talvez..

Talvez..
 
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